O ano de 2015 foi de reconstrução para o Palmeiras. Após se salvar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2014, o clube reformulou completamente o departamento de futebol e contratou 25 reforços para se recolocar entre os protagonistas do futebol nacional. Deu certo: após chegar à final do Paulistão e perder para o Santos nos pênaltis, o Verdão superou os momentos de instabilidade e buscou o título da Copa do Brasil, dando o troco no rival da Baixada e voltando à Taça Libertadores da América. O momento é de animação e esperança.
O GloboEsporte.com lista abaixo dez motivos para o torcedor palmeirense acreditar que 2016 será verde:
LIBERTADORES
Conquistar uma vaga no principal torneio do continente era o grande objetivo do Palmeiras em 2015. De volta à briga pelo título da América após três anos, o Verdão terá pela frente um grupo considerado difícil: Rosario Central (Argentina), Nacional (Uruguai) e o vencedor do confronto entre River Plate (Uruguai) e Universidad de Chile. Embalado pelo grande fim de ano, o time tenta retribuir a confiança da torcida na competição que o palmeirense se acostumou a chamar de "obsessão".
ENTROSAMENTO DO TIME
No ano passado, tudo era novo. Um elenco montado praticamente do zero e que precisava de tempo até encontrar uma formação ideal. No processo, o técnico Oswaldo de Oliveira acabou demitido por não atingir o equilíbrio, e Marcelo Oliveira também viveu momentos de tensão no cargo. Agora, a história promete ser diferente. Com uma base montada e um time titular pronto, o Palmeiras inicia a temporada diante de uma perspectiva bem mais animadora.
REFORÇOS
Chamado de "Mittos" pela torcida pela eficiência no mercado de transferências, o diretor de futebol Alexandre Mattos não perdeu tempo mais uma vez e, antes mesmo de começar 2016, anunciou sete reforços: chegaram o goleiro Vagner, os zagueiros Roger Carvalho e Edu Dracena, o volante Rodrigo, os meias Moisés e Régis e o atacante Erik. As principais peças do elenco foram mantidas, e a capacidade de reposição para o ano que se inicia é maior.
Mattos comandou a reformulação do Palmeiras junto a Paulo Nobre (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
EXPERIÊNCIA
Zé Roberto, de 41 anos, foi o responsável por levantar a taça da Copa do Brasil, mas o Palmeiras conta com outros líderes em campo. Fernando Prass, que fechou 2015 como herói e marcando gol de título, cobrando pênalti, é outra peça fundamental para assegurar uma equipe pronta e "cascuda" para disputar um torneio difícil como a Libertadores. E ainda tem o reforço de Edu Dracena...
DUDU
Explosivo, incansável, louco... Diversos são os adjetivos para definir o camisa 7 do Palmeiras, Dudu, que terminou 2015 como artilheiro da equipe, com 16 gols marcados. A diretoria desembolsou cerca de 3 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos do jogador, e o atacante fez valer o investimento. O estilo aguerrido que conquistou a torcida alviverde em pouco tempo deve fazer a diferença novamente na temporada que se inicia.
Dudu foi artilheiro do Palmeiras em 2015 e conquistou a torcida pelo estilo aguerrido (Foto: Marcos Ribolli)
BARRIOS
O paraguaio, que estava vinculado ao Montpellier, da França, saiu diretamente da temporada europeia para enfrentar uma rotina atípica de jogos no futebol brasileiro. Deixou claro que precisaria de tempo para atingir os 100%. Dito e feito: terminou 2015 como titular absoluto, atuando como centroavante e desbancando os concorrentes Alecsandro e Cristaldo. Já atuou em diversos países – Argentina, Chile, México, Alemanha, China, Rússia e França – e pode contribuir com experiência internacional.
Barrios virou peça importante para o Palmeiras (Foto: ALE VIANNA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)
ARENA CHEIA
Inaugurado no fim de 2014, o novo estádio se tornou um dos maiores diferenciais do Palmeiras, especialmente em jogos decisivos. Sucesso de público, a arena atraiu uma média de 29.454 torcedores por partida – segunda melhor do país na temporada. Foram R$ 72.586.803 arrecadados em bilheteria e um caldeirão no qual ninguém venceu na campanha do título da Copa do Brasil.
Público do Palmeiras em 2015 foi ótimo, e estádio manteve boas médias (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
FINANÇAS EM ORDEM
Paulo Nobre assumiu o Palmeiras em janeiro de 2013, em situação financeira caótica. As gestões anteriores haviam antecipado receitas, e o time estava na Série B, sem estádio, sem patrocínio e com um elenco questionável. O dirigente tomou empréstimos para repassar ao clube e, reeleito presidente, colocou a casa em ordem. Hoje o Verdão conta com o apoio de um forte patrocínio máster, tem um dos mais rentáveis programas de sócios-torcedores do país e "toma água limpa", como o próprio Nobre define.
PRESSÃO MENOR
As crises entre Palmeiras e torcida foram constantes nos últimos anos. Do inferno vivido na queda à Série B em 2012 ao sufoco no Brasileirão em 2014, passando por todos os tipos de protestos, o Verdão, enfim, inicia uma temporada em paz. Vitórias em clássicos, título nacional contra um rival, vaga na Libertadores... O elenco começa 2016 sem problemas e focado mais no que acontece dentro do campo do que fora dele.
BASE APROVEITADA
Lucas Taylor, João Pedro, Matheus Sales, e, é claro, Gabriel Jesus. A atenção do Palmeiras com as categorias de base aumentou muito em 2015. Com um programa de integração entre o futebol amador e o time profissional, o Verdão tornou o técnico Marcelo Oliveira próximo de revelações do clube. Na final da Copa do Brasil, por exemplo, atletas do sub-20, como o zagueiro Augusto e o meia Juninho, foram relacionados.
Lucas Taylor e Matheus Sales passaram a trabalhar com os profissionais (Foto: Felipe Zito)
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Fonte: Globo Esporte
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